quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Saudade

Sempre senti, sempre. Eu sentia isso mesmo antes de saber que você existia. Me deitava na cama e pensava onde diabos você podia estar, o que poderia estar fazendo. Tinha medo de nunca te encontrar, tinha medo de que você não gostasse de mim, tinha medo de que você tivesse encontrado outra pessoa e estivesse se enganando com ela...
Como eu ia falar pra você que eu sou a sua cara metade?
Como eu faria isso, se eu nem sabia que você existia?
E se você me achasse louco, e se você me achasse feio, ou magrelo, ou alto demais...
E se achasse que meu amor não é o bastante?
Sentia saudade de coisas que nunca tinham me acontecido, coisas que eu imaginava e tomava isso como a minha verdade. Me preparava pra uma vida ao seu lado.
O tempo passou, e um belo dia eu te conheci de uma maneira que eu não tinha imaginado, mas que de certa forma, não poderia ter sido mais perfeito. E de uma maneira mais inesperada ainda, veja só, você se apaixonou por mim. Me achou magrelo e muito alto, mas quem disse que você não aprecia isso em mim?
Me dei conta que a muito tempo o sentimento de medo de você não me amar era mais forte do que o desejo de ser seu.
Mas você foi maravilhosa, me acolheu e me amou, se entregou totalmente aos meus braços, prometeu ser sempre minha. E tudo de uma maneira que eu nunca tinha imaginado!
Hoje em sinto a mesma saudade de antes, mas em dobro. Hoje sinto uma saudade real, de ficar com você, e sinto a mesma saudade de antes, saudade de coisas que ainda não aconteceram, mas que eu sonho o tempo todo com isso.
E isso é uma coisa que eu não consigo me livrar, imagina só se um dia você me deixar...
Minha vida é ligada a sua, e não demorei muito tempo pra entender isso.
Você existe, é mais perfeita do que eu sempre imaginei. Linda, inteligente, carinhosa, dengosa, ciumenta, frágil, braba, engraçada, e com atributos físicos que me fazem perder a cabeça só de pensar em pensar... Você é maravilhosamente genial.
Se eu chorei enquanto escrevia isso? Claro que sim...
Saudade é assim, não é?
Você sabe, não tem como controlar...