quarta-feira, 23 de julho de 2008

Her

Alguém cantou:

I'll do anything for you.
This story is for you.
('Cause I'd do anything you want me to... for you.)
I'll do anything for you,
Kill anyone for you.

Lembra disso?
Algum dia eu já te disse que isso é a mais pura verdade pra mim?
Se eu teria coragem de matar por você? Sim, teria, mais de uma vez. Mataria quantos a minha carne fraca e sedentária agüentasse (eu espero que muitos).
É impossível eu não falar que a história é totalmente para você, por você. Não existe um momento do dia que você não é lembrada por mim, nenhum, por mais absurdo que possa parecer. Eu falo de boca cheia que se hoje eu faço algo, seja lá o que for, eu faço por você. Se acordo, se me alimento, se tomo banho ou compro roupas, olho para criancinhas na rua, leio dicas sobre massagem, aprendo a cozinhar, corto o cabelo, tiro fotos e escrevo textos melosos... É tudo por você.
Tem tanta coisa para ser dita, mas eu não sei se ia conseguir parar de chorar. Até alguns esquemas já foram montados, vamos aqui e ali, depois pra lá e pra cá. Mas e se eu não parar de chorar? E se na sua frente eu ficar chorando sem parar, até ficar sem ar? Vai me achar bobão, né? Que me ache bobo, mas, por favor, me abraça quando eu chorar. Eu sei que você é forte, sei não vai chorar, afirmo isso com a mesma certeza que tenho de que você é mais alta que eu... Quer um abraço também?
Eu passei a acreditar em filmes, principalmente naqueles em que existe uma família perfeita, que mora em um lugar perfeito, com as crianças correndo pela casa enquanto os pais se agarram na cozinha. Quando o filme começa a ficar feio, eu vou procurar outra família perfeita em outro canal.
Percebi agora quantas perguntas eu faço em poucas linhas. Impossível não fazer, passo o dia assim! Faço milhões de perguntas ao vento, e enquanto ele não trás as respostas eu continuo vomitando mais e mais perguntas. Como, onde, quando, pra onde, por quanto tempo... Em todo e qualquer lugar, para sempre, para onde for, com você...
Parece longe, mas é tão perto, eu sinto tão perto, difícil até de explicar, fico sem saber o que escrever. Em certas horas de delírio, eu até olho pros lados, e nunca é em vão, você sempre está ali.
Eu te amo, e gosto disso, não tenho do que reclamar. Poderia até ser uma coisa platônica, eu gostaria de qualquer forma. Eu seria capaz de te amar até não suportar mais o peso disso, escrever uma carta de despedida, e cortar os pulsos depois. Queria ver escrito nos jornais “Homem morreu de tanto amar”, acho que não soaria trágico, é até poético! Já consigo enxergar a multidão seguindo meu exemplo...
Dá uma dor no coração tão gostosa, não acha? Eu adoro, só pra fazer dengo, claro. E você adora, me põe no colo e faz carinho até a dor passar, mas eu nunca digo que ela passa... E você continua adorando...

I earned through hope and faith
The curves around your face
That I'm the one you'll hold forever.

sexta-feira, 2 de maio de 2008

...

Conhece o vazio?


Depois de escrever essas três palavras, demorei mais de trinta minutos pra escrever algo mais. Meia hora que passei olhando ao redor tentando lembrar do que eu tinha em mente. Momentos antes eu estava na janela do meu apartamento, olhando pra rua esperando o tempo passar, coisa que sempre faço em dias chuvosos. Quando me dei conta, pipocavam idéias para escrever exatamente sobre esse assunto, o vazio.
Fui para a cozinha, depois fui para o quarto, com uma caneca de chá de maçã com canela. Computador ligado, Photoshop aberto com um trabalho pela metade, tratei logo de fechar, abrir o Winamp e por Agua de Annique. Peguei meu caderno (eu não sei até quando vou sustentar o hábito de escrever em um caderno e depois passar para o computador), caneta, cigarro e dei uma bicada no chá.
Até aí estava tudo muito bem, as idéias eram ótimas, mas foi eu ter a infelicidade de começar a escrever o texto com essa maldita frase “Conhece o vazio?”, que tudo foi pelo ralo. Quando escrevi, parece que a frase ecoou na minha cabeça, e eu me fiz essa pergunta por milhares de vezes em questão de segundos, e ironicamente não me veio resposta alguma até agora.
Isso me preocupou, de verdade. A instantes atrás eu me sentia a pessoa certa para filosofar e escrever linhas e mais linhas sobre esse tal de vazio. Lembro que em vários momentos da minha vida, parecia que eu tinha inventado o dito cujo.

Vazio, do Latim vacivu, que não contém nada ou só contém ar; esvaziado; despejado; desocupado; despovoado; desprovido; destituído.

Simples assim. Eu continuo a tentar descrever isso, e o que me resta são palavras que parecem conter apenas ar. Continuo assim, esvaziado, desocupado enquanto me mantenho ocupado tentando escrever, despejado em meu quarto, despovoado de mim mesmo, desprovido de vontade de qualquer coisa, destituído...

Cansei, o cigarro acabou, o cd já rodou umas três ou quatro vezes e a pergunta ainda ecoa. Caso conheça o tal vazio, mande lembranças, peça pra voltar, ainda tenho um texto a escrever sobre ele...

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Retorno nem um pouco triunfal.

Muito tempo sem escrever. Muito tempo com a mente perturbada demais pra conseguir escrever. Muito tempo tentando arrumar as coisas, e parece que vou precisar de ainda mais. Eu me sinto um Jesus em tempos modernos, fortes dores na coluna, tendinite, a maioria das pessoas acham que sou louco... Quanto à coroa de espinhos, minha namorada é fiel... Só me sinto pior porque ainda não transformei água em nada alcoólico, mas juro pela minha alma que minha mãe é virgem.

Ainda me sinto meio perdido, nem sei sobre o que escrever. Até poderia escrever sobre eu não gostar de banana, ou sobre jabuticaba, mas eu iria parecer retardado (mas daria umas boas risadas sozinho).
Tenho que me mexer mais, tenho estado muito tempo parado. Me acostumei com a idéia de não fazer nada. Acabei entrando num estado de ócio tão grande, que tenho preguiça de levantar pra comer, ou ir ao banheiro. Apesar de acomodado, me sinto incomodado. É engraçado, estar acomodado na situação de incomodado, parece uma coisa viciosa. Tem horas que preciso de umas porradas na cara, fiquei feliz que ontem tenha levado três, e agradeço do fundo do coração.
Enfim, alguém pode me dizer por que casar é tão difícil?

Ainda não acredito que passei esse tempo todo sem escrever, logo eu que todo santo dia rabiscava alguma coisa. Até tenho algumas idéias, não só pra escrita, mas a coisa toda parecer morrer um pouco antes de nascer. Você percebe que a coisa está feia quando se joga no sofá, liga a tv e percebe que não tem nada de interessante pra assistir. Sua barriga ronca, você tem tanta preguiça que não levanta, nem pra comer, nem pra pegar um dvd. Comigo foi pior ainda, fiquei possesso pra fumar, e não tive coragem de levantar pra comprar cigarro... Por falar em cigarro, alguém pode me dizer quando que o preço do meu vício mais amado vai parar de aumentar? Fico preocupado com essa situação de ter que dar quase tudo que tenho no bolso pra poder ficar feliz...

Eu acho que vou parar por aqui, me perdoem, mas avisei lá no começo que me sinto perdido e não sei sobre o que escrever. Tem outro problema, eu não consigo escrever com um infeliz do meu lado me olhando de cara feia porque quer mexer no computador... Ter 16 anos e saber lidar com isso é um problema sério, se bem que eu daria uma boa grana pra lidar com pêlos crescendo, vontade de transar com todas as menininhas, notas da escola, “qual penteado me deixa mais bonito?” e coisas do tipo, do que pensar em trabalho, contas pra pagar, e por aí vai... Daria a grana do cigarro...

Sinto falta da minha insanidade mental pra escrever e da ironia escorrendo pela boca pra depois correr pela folha de papel... Espero que num demore pra voltar.

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- É você, não é?
- Sim...
- E veio me matar, certo?
- Sim...
- Graças a Deus...


(sim, idéia plagiada de outro blog, mas foi preciso.)

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Eu sou o divino.

Desafio Deus com minha voz mortal, recebo em troca o silêncio divino
Encontro-me em uma terra que se diz abençoada
Porém se mostra amaldiçoada pelas próprias crenças
Dizem queimar em um fogo maldito, dizem curar em uma água milagrosa
O que eu vejo é uma água maldita e um fogo libertador
Manipulam o que todos chamam de fé
Manipulam o que todos chamam de justiça
Manipulam o que todos chamam de esperança
Manipulam o que todos chamam de Deus
Eu chamo fé de autoconfiança
Chamo justiça de vingança
Chamo esperança de metas
Chamo Deus... e não tenho respostas
Chamo Deus, e na frase troco o tal pelo meu próprio nome
Deus sou eu, Deus é você
Na verdade, Deus é o há de bom
Deus é o que há de melhor e mais perfeito nesse mundo
Deus é dinheiro
Deus é uma noite com uma linda mulher
Deus é o cigarro nos momentos de stress
Deus é um prato de comida para o esfomeado
Deus é o vinho na noite de natal
Deus é a música que embala seu sono
Deus é um banho a dois em um dia ensolarado
Enfim... Deus é tudo que pode existir de bom carnalmente
Deus não habita em palácios
Deus
não cura doenças incuráveis

Deus não te mata
Deus não te acorda
Deus não existe
Eu existo, você existe
E não precisamos de mais nada...
Precisamos apenas saber que somos nossos próprios deuses
Deuses de nós mesmos, donos de nossos desejos e de nossas conquistas
Senhores do que conseguimos dominar
E muito mais que isso
Somos deuses de nossos próprios deuses...
Proprietários únicos de nossas próprias crenças
Nós somos o próprio Deus
De nós mesmos...

sábado, 17 de novembro de 2007

Minhas Companhias

Mamãe sempre me dizia que eu tinha que encontrar companhias melhores
Ela sempre falava...
Mas eu gostava dos meus amigos ! Juro que ainda gosto !
Eles nunca me abandonaram, estavam sempre ali
Minha melhor amiga era a Solidão
Era linda... estava sempre do meu lado, as vezes até brincava dizendo que eu era seu escravo !
Ótima companheira, sempre presente, até hoje ainda me acompanha
Mas eu não entendia porque que ninguém gostava dela, todos tinham um certo medo de sua presença
Mas ela, sempre muito solidária, dava um jeito e facilmente entrava na vida das pessoas
Minha outra amiga era a Tristeza
Vinha sempre atrás da Solidão, sempre
Tudo que Solidão falava, Tristeza logo completava, sempre com algo bastante coerente para mim
Gostava de ficar quieta no cantinho dela, e tinha um gênio meio depressivo...
Era muito inteligente, mas não mostrava isso... guardava para si mesma...
Tristeza gostava muito de outras duas amigas, Ironia e Loucura
Particularmente eu adorava Ironia, o jeito dela de ser, de ver as coisas
Muitas pessoas não conseguiam entendê-la, com aquela mania de rir sozinha
Ela tinha um aspecto bem interessante, que eu sempre tentei imitar...
Mas nunca conseguia, porque Tristeza sempre tinha a voz mais alta
A mania de dar risadas com suas próprias desgraças... eu amava isso...
Mas Loucura... não sei dizer muito dela...
Tivemos um pequeno contato, mas não mantivemos uma amizade
Motivos para não nos falarmos ? não sei... as vezes ainda me lembro dela, e acho que até sinto falta...
Loucura parecia ser idêntica a Ironia, porém tinha uma personalidade mais forte, era muito dramática
Era como se imitasse tudo o que Ironia fazia, só que de um jeito mais teatral, bem mais exagerado...
Ironia chegou a me apresentar uma conhecida dela, que eu até encontrava de vez em quando
Se
não me engano o nome era Dona Graça... isso mesmo, era esse o nome...
Uma senhora, era estranha, vivia rindo, mas não como Ironia fazia, ria de motivos que para mim pareciam completamente inexistentes, sem sentido algum...
Era engraçada... isso eu tenho que admitir...
Sempre rodeada de muitas pessoas, todos gostavam dela, inclusive minha mãe...
Eles paravam para ouvir suas histórias, nas quais eu nunca acreditei
Ironia dizia que Dona Graça tinha uma amiga que todos idolatravam
Amiga da qual Tristeza nunca gostou, nutria um ódio por ela terrível, sempre me falava pra manter distância dela, e eu como gostava muito de Tristeza, seguia seus conselhos
O nome dela era difícil, nunca me lembrei... parecia que não era daqui...
Ah ! lembrei ! tem uma pronúncia estranha... Felic... Felicidade... isso, era esse seu nome... Felicidade...
Eu não conseguia olhar nos olhos dela direito, me fazia mal, e deixava Tristeza chateada...
Bastante popular, muito elegante, mas o jeito bobo dela me enjoava... era quase fútil...
Era muito diferente de mim, impossível que nós tivéssemos algo...
A uns 2 anos comecei um namoro... mamãe simplesmente não a suporta...
Ela é linda, inteligente... e gosta muito de mim...
Admito que não a amo, mas ela fez com que de mim nascesse um afeto muito grande... gosto muito dela, posso até arriscar e dizer que sinto alguma coisa maior que amizade
Não se cansa de dizer que vamos nos casar !
Incrivelmente ela conhece todos que eu conheço...
Estranho ela ser muito chegada a Felicidade... não que eu sinta ciúmes, nada disso... mas a amizade delas me incomoda...
Ah sim ! o nome dela, quase me esqueço de dizer... é Falsidade... lindo nome não !?
Tristeza até que gosta dela, mas Solidão... essa parece até ser minha mãe...
Falsidade até que tenta fazer com que Felicidade e eu possamos ser amigos
Eu até a conheci melhor, e realmente ela não é daqui, vem de um lugar chamado Céu... nunca ouvi falar... aliás, mamãe já mencionou esse lugar algumas vezes...
E por acaso, minha namorada também é de outro lugar
Lugar que Solidão e Tristeza sempre falavam que iriam
O nome do lugar é Inferno... me parece familiar...
Logo que começamos a namorar, Falsidade me deu um presente, muito lindo por sinal !
Era uma máscara, linda, tinha traços finos e delicados, e sua simplicidade passava quase que despercebida, diante de tamanha significação que podíamos dar aquele material...
Perfeita...
A algum tempo briguei com dois caras chamados Verdade e Amor...
Solidão sempre falou que eles eram perigosos, mas que se eu os conhecesse melhor até que iria me dar bem com eles...
Eles quebraram minha máscara... a linda máscara que tinha ganhado de Falsidade...
Mas para não magoá-la, eu peguei os pedaços que encontrei e a concertei... não está perfeita como era, mas ainda diz muita coisa, mesmo faltando algumas partes...
Solidão começou a se afastar de mim... não quero isso, não mesmo...
Tristeza me contou que Solidão me amava...
Não sei o que fazer da minha vida, não sei se passo a ouvir minha mãe
Não sei se largo Falsidade e vou tentar algo com a Solidão...
Outro dia passei por Verdade e Amor na rua, e eles me cumprimentaram ! falaram até que se eu quiser, um dia podíamos parar e ter uma conversa amigável !
Loucura começou a tentar se aproximar de mim...
Talvez eu me case, não sei... parece que quando estou com Falsidade do meu lado eu me sinto melhor...
A pouco tempo eu conheci duas pessoas muito interessantes
Dúvida e Caos...
Mas... não tenho muito o que dizer deles...

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Alguém tem que pagar pelos pecados

Escutei minha avó falando isso, várias e várias vezes. Quando pequeno eu acreditava nessas coisas, como Deus, Anjos, Pecados, Demônios, Céu e Inferno. Sim, acreditava porque não imaginava o mundo sozinho, não imaginava o mundo funcionando por ele mesmo, tinha que ter alguém, alguma coisa que apertava o botão "ON", que escolhia entre o "SIM" e o "NÃO", que estalava os dedos ou falava "que haja luz", e assim era feito.

O tempo passou, deixei de acreditar nessas coisas, que pra mim hoje são folclore e nada mais (quem aperta o botão "ON" da minha TV sou eu, quem escolhe "SIM" ou "NÃO" para aquele prato de comida também sou eu, e eu só vou acender a luz estalando os dedos quando tiver dinheiro parar comprar tal tecnologia.). Ateu sim, graças a deus.

Mas sabe, talvez minha avó tenha razão. De algum modo, de alguma forma, de algum jeito... ela tem razão. Não creio que algum ser espiritual, com seu manto e cajado sagrados, venha a castigar as pessoas porque elas fazem sexo antes do casamento, ou porque fumam, ou porque caem de tanto beber. Não creio nisso, é muita besteira, quase um insulto a minha inteligência, prefiro acreditar que vampiros existem...

Mas é estranho como as coisas acontecem. Imagine só: você passa toda sua vida como um "pecador", vivendo sua vida do jeito que você sempre achou melhor, do jeito que você achava que era feliz. Um belo dia, um dia desses que você acorda com vontade de mudar o mundo, você se olha no espelho e diz que precisa tomar um rumo diferente, daquele jeito não pode continuar, não para sempre.

Coloca uma muda de roupa com cores diferentes, não mais aquela que você costumava por, toma um café da manhã reforçado, passa um perfume, arruma o cabelo e sai de casa, pronto pra enfrentar qualquer guerra, qualquer deus ou qualquer demônio.

Mas e quando a guerra não vem ? E quando os deuses e os demônios se cansam e deixam simplesmente tudo acontecer por vontade própria, quando eles deixam de existir... ? Você acaba passando dias, meses, talvez anos da sua vida querendo ser algo novo, algo que nunca foi, e que provavelmente nem terá a chance de experimentar...

Começam as súplicas, estas para aqueles que a muito tempo você não acredita mais, mas não lhe resta a quem recorrer.

E pasmem ! Por milagre, por obra divina, ou seja por obra de quem ou o que for, acontece. Sim, acontece ! Você encontra o que você procurou esse tempo todo. Você corre, vai atrás, pula muros, quebra regras, destrói portas, adentra em janelas, dá seu sangue, vende sua alma a Satã ! E consegue... você agora tem o que procurou, nas suas mãos.

Vem a felicidade, o sorriso, o gozo, e você está completo, perfeito, todos os pedaços que foram largados estão juntos novamente. E a primeira impressão que se tem é que tudo vai durar para sempre.

Esse "sempre" é um tanto estranho, chega sempre (olha ele de novo) na semana que vem, vezes uns dias depois, outras vezes se atrasa e aparece depois de alguns meses. Tudo vira de pernas pro ar, a razão que você tinha encontrado não acredita em você, aquilo tudo que você sonhou parece escorregar nas suas mãos rapidamente, sem que você possa fazer muita coisa. E você chora... chora até que lhe falte o ar, e é aí que para pra pensar, volta a respirar, e consegue contornar a situação de algum modo, talvez não do jeito que vá fazer tudo ficar lindo e maravilhoso como antes, mas você consegue.

Nessa parte entram as juras não mais de amor, mas sim de vingança. Diz que alguém vai pagar, você jura que vão pagar.

Quando Deus existe, ele até te ajuda, ele faz tudo ficar certinho, claro que não para sempre, até porque se fosse assim o Diabo iria perder o emprego dele. Mas quando Deus deixa de existir, as coisas não são tão perfeitas. Você sozinho vezes resolve, vezes não resolve. Quando resolve se acha o máximo, quando não resolve passa mão a uma gilete e jura cortar os pulsos caso alguém não faça alguma coisa para impedir.

Mas voltemos até a parte onde você encontra sua felicidade. Por que sua vida não pode simplesmente parar por ali mesmo, seus sentimentos puros e bondosos poderiam dominar o mundo e fazer dele um lugar melhor ? Por que tudo teve q dar errado pelo menos uma vez ?

Ah não ! Será que... Não, não pode ser... Será que minha avó estava certa ?! Esse seria o pagamento dos pecados ? Então significa que quanto mais pecados, menos chance de tudo voltar ao normal ? Mas como ? Por que isso agora se eu nunca acreditei em nada dessas coisas !?

E agora... O que eu faço ? O que você faria ?

Fui um pecador nato, tenho em meu peito medalhas o bastante pra entrar no inferno e milhões de demônios baixarem a cabaça ao meu passar. Mas eu realmente quero isso ? Não, evidente que não. Fato.

Pois bem, vou em frente. Encaro mentiras, invenções, criações e seja lá o que fizerem, mas eu vou em frente. Vou em frente porque tenho agora o que sonhar, o que acreditar. Tenho uma razão em minha vida, razão essa que se tornou o ar que respiro. Só espero que esse ar não deixe de acreditar em mim. Também espero que esse ar seja um pecador, que beba, fume, e faça sexo antes do casamento, mas isso é uma outra história.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Prove seu amor, do jeito que puder.

Como provar seu amor ? Você sabe ?
Talvez você pode ter pensado “Nossa, deve ter um gosto maravilhoso...”. Sim, com toda certeza digo que tem o melhor sabor que já existiu. Quer um exemplo ? Pegue a sua namorada, ponha ela na cama. Depois de 15 minutos de preparo (entenda isso como você quiser), jogue um pouco de leite-condensado. Prove. Caso não goste, coloque mais. Ainda não ficou bom ? Procure tratamento com urgência...
Mas não é bem disso que estou falando, por mais que esse assunto seja prazeroso (em todos os sentidos), eu não vou fazer papel de sexólogo (por mais que eu queira).
Eu digo sobre como realmente podemos provar o nosso amor por alguém. Será que existe mesmo alguma maneira de se provar para alguém que amamos com a mais pura verdade (por mais que a palavra VERDADE esteja corrompida hoje em dia) ?
Ora, falar é muito fácil, não acha ? Pessoas dizem “eu te amo” toda hora, do mesmo modo e com a mesma intensidade que quando se chega ao serviço e cumprimentam-se todos os colegas de trabalho com aquele seco e morto “bom dia”.
Sim, é triste, mas o que se pode fazer ? Nunca mais dizer “bom dia” ? Não, que isso meu jovem, seja educado com as pessoas...
Faça melhor, faça uma seleção mais aprimorada pras pessoas que você vai dizer “bom dia”... Ops... quer dizer, pras pessoas que você vai dizer “eu te amo”.
Enfim, até agora não sei como fazer. Já ouvi falar que se prova o amor com atitudes e não com palavras. Mas aí esse texto que escrevo agora não tem valor algum ? Ou será que não são palavras escritas, e sim palavras ditas, ou vice-versa ?! Agora ficou pior, fiquei confuso !
Aliás, confuso estou desde quando comecei a amar. Mas nem venha me perguntar se eu estou arrependido, porque disso eu tenho certeza que não.
Hoje em dia sou uma pessoa mais calma, mais passiva (sem piadinhas), mais alegre, mais bem-humorada, muito mais feliz. Não, não, não... eu NÃO encontrei Jesus, esteja ele onde estiver (e pelo jeito , no mínimo ele trocou de planeta), eu encontrei meu amor, que é infinitamente melhor, afinal, com Jesus não dá pra beijar na boca e muito menos jogar na cama e por leite-condensado.
Mas não vamos trocar de assunto, continuemos e pensar de que modo se prova o amor (lembrei que chocolate também é muito bom). Eu faço a minha parte, digo isso todos os dias como se fosse um mantra, acho até que tenho algumas atitudes que possam provar meu amor, também sinto coisas que só quando amamos alguém (eu disse “alguém”, e não “algo”) podemos sentir. Mas é o bastante ? Não, lógico que não, afinal todo mundo quer uma prova de amor a cada segundo que passa.
Talvez aí esteja a resposta, é só as pessoas pararem de pedir provas de amor ! Simples assim ! Ou que talvez não fossem tão exigentes e pedissem uma prova a cada 4 ou 5 meses...
Não me importo, me sinto bem com isso, pergunto tudo isso apenas por curiosidade. Particularmente até gosto de ser provocado, gosto de ter algum desafio, mesmo correndo risco de falhar. Gosto ainda mais do semblante que o meu amor faz quando se sente amada (nos dois sentidos).
Acho que é por aí mesmo... Provar até que não se tenham mais provas (tente com morangos, cerejas e coisas do tipo, também é ótimo).
E mesmo depois de não ter como provar mais, é muito fácil resolver isso. Passe a confiar mais um no outro, passe a não duvidar mais. Em todo caso, tente mais uma vez com os olhos vendados ou sem luz ambiente. Se não der certo, compre remédios de cor azul.